A cistinose nefropática é uma doença rara que afeta principalmente os
rins, mas que pode afetar negativamente todo o corpo, podendo ser fatal
ainda na infância se o transplante renal não for realizado até os 10
anos de idade.
Esta é uma doença genética que pode ser descoberta
num exame de urina e de sangue ainda em bebê, por volta dos 6 meses de
idade. Os pais e o pediatra poderão suspeitar da doença se o bebê tiver
sempre muita sede, urinar e vomitar muito e não ganhar peso
convenientemente, havendo suspeita da síndrome de Fanconi.
O teste genético poderá evidenciar a doença, se houver alguma mutação no gene CTNS.
Na
cistinose há um acúmulo de cristais do aminoácido "cistina" em todas as
células, que pode acumular-se em qualquer local do corpo, mas
frequentemente afeta mais os olhos, tireóide e os rins nos primeiros
anos de vida.
Seu tratamento é feito a partir do momento em que a
doença é diagnosticada e deve ser seguido por toda a vida. Os
medicamentos utilizados poderão diminuir a progressão da doença, mas por
norma pode haver complicações como insuficiência do fígado e do
pâncreas, alterações nos músculos e quando a doença chega ao sistema
nervoso central, pode haver danos irreversíveis.
Os medicamentos
utilizados no tratamento da cistinose são considerados órfãos e não são
facilmente conseguidos, sendo ainda muito dispendiosos, mas somente eles
podem evitar o comprometimento de outros órgãos e sistemas do corpo,
prolongando a vida do indivíduo.
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